Um dos mais belos trechos das instruções dos Espíritos em O Evangelho Segundo o Espiritismo encontra-se no capítulo XI – Amar ao próximo como a si mesmo, no item 8: A Lei de Amor.
Vejam como é lindo: O amor resume toda a Doutrina de Jesus, pois é o sentimento por excelência ( grifo meu), e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso já realizado. Em seu ponto de partida, o homem só tem instintos. Quando mais adiantado, porém, ainda corrupto, só tem sensações, e quando instruído e purificado, adquire então sentimentos. O mais precioso dos sentimentos é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e associa em seu ardente foco todos os anelos e revelações sobre humanas. Esta belíssima lição foi ditada por Sanson, antigo membro da Sociedade Espírita de Paris, em 1863.
Em Psicologia Transpessoal, nas sessões ditas experimentais, o psicoterapeuta diante da história do entrevistado, do cliente, após ouvi-lo atentamente pergunta: Qual é o seu sentimento?
Às vezes a pessoa confunde o sentimento com as sensações e descreve: “É um frio no estômago, ou um aperto” e o terapeuta insiste isto é sensação, qual o seu sentimento? E a pessoa pensa e responde: “Raiva, frustação”.
O sentimento é a capacidade de sentir, sensibilidade. Ou ainda é a faculdade de conhecer, perceber, apreciar, noção, senso, segundo o Aurélio.
Agora volte e releia o texto grifado e veja como ainda estamos distantes deste sol ardente que é o amor, que transforma todos os sentimentos.
Em um momento tão delicado da nossa sociedade onde os valores mais nobres passam por banalidades, onde as mentes em desequilíbrios transmitem a ordem do dia de que tudo tem um preço, levantam-se vozes e mentes em sintonia com o plano maior da vida alertando para os limites éticos da sociedade ( Revista Veja ano 45 n° 47. “Nem tudo se compra”). Os que consideram o sentimentalismo e o romantismo piegas, Emmanuel no Livro,Palavras de Emmanuel- F.C.Xavier, Feb, capítulo 32- No Campo dos Sentimentos nos orienta: “ A razão sem os sentimentos é fria e implacável como os números, e os números podem ser fatores de observação e catalogação da atividade, mas nunca criaram a vida. A razão é uma base indispensável, mas só o sentimento cria e edifica. É por esse motivo que as conquistas do humanismo jamais poderão desaparecer nos processos evolutivos da humanidade” ( O Consolador, do mesmo autor).
Aquele sentimento de raiva, ódio, frustação é uma resposta interior de dor psicológica que precisa ser trabalhada, instruída e transformada, afinal como diz nosso amigo Alberto Almeida em suas palestras: “O ódio é o amor enfermo”.
É urgente a necessidade de nos instruirmos nos Nobres Valores que alicerçam o sentido do Homem no Universo e transformarmos a nossa ignorância e dor em móvel de crescimento interior.
Transformando Sentimentos- Palestra no IX SEMESPI em Picos-PI, no próximo sábado – ver cartaz no blog.

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