No dia a dia, aquele que imprudentemente fala, é como quem desconhece os perigos de um caminho nebuloso e cheio de brumas que, à semelhança dos contos de fadas onde o incauto avança em uma densa floresta desconhecendo o percurso, aventura-se em brenhas ardilosas e traiçoeiras acaba caindo em armadilhas funestas e mortais.
Pois bem, assim somos nós ao comentarmos os fatos da pessoal vida alheia, ou ao ouvirmos certas anedotas e disse me disse emitimos opiniões e comentários indevidos.
Aqui são árias tortas, que soam desarmônicas, ali são ácidas e audaciosas insinuações, você tenta dar o seu toque pessoal, afirma esse ou aquele comentário despretensioso, às vezes inconsequente ou mesmo suave e lisonjeiro na tentativa de parecer amigo, sábio e amadurecido, não sabe que por trás destes comentários você acaba atraindo mentes ociosas, vadias e levianas que roubam um pouco do seu bem estar, da sua harmonia interior, do seu pool de energia e no fim do dia exausto, às vezes esgotado nem desconfia que aquele comentário maldoso fosse a causa do roubo de energia que o desequilibrou.
Noite insone repouso fugaz lhe tira mais e mais energia do já combalido organismo tão desgastado pelo estresse do dia a dia.
Somam-se os dias, persiste o hábito antigo de comentar, fofocar, transmitir fatos do cotidiano repletos de carga emocional pesada e feroz, picantes ou às vezes até pecaminosas.
Todos esses fatos enchem as mentes dos transeuntes que passam nas ruas ou mesmo entorno de você em qualquer lugar, às vezes sérios calados, mas com a mente em pavorosa ebulição; às vezes são pessoas risonhas, falantes, porém no íntimo escondem uma dor imensa.
Assim são as pessoas que te cercam, felizes ou infelizes e influenciam e transformam teu dia para melhor ou pior.
Acautela-te com teus próprios pensamentos e combate a imprevidência de falar desnecessariamente, evitando asneiras e comentários indevidos, jocosos, hilários, provocadores que nada acrescentam de construtivo a ti mesmo.
Esse proceder negligente sem saber abre a caixa de Pandora e ao ser aberta ao mundo como bem diz a mitologia é de difícil controle.
Acautela-te contra os imprevidentes comentários de ocasião. Ouve e passa. Percebe, escuta sem se envolver em demasia.
Destarte o mundo em agitação cria em ti mesmo o pouso de calma que interessa apenas a ti mesmo, mas que dissemina paz e ordem. Embora demonstres a inquietude da criação tenhas o freio da virtude contra a maledicência aviltante.
Segue teu caminho com serenidade e apazigua o coração e encontrarás motivos para o sono reparador e tranquilo, sem as preocupações demasiadas que inquietam, estressam e esgotam.
Recomeça, pacifica e segue.