Uma árvore ao cair na mata não faz nenhum barulho. Você acredita nisto? Pois é verdadeiro.
O som é uma criação do nosso cérebro. Para que a árvore ao cair produza um som, alguém precisa estar perto para ouvi-lo. O que se passa é que, a árvore ao cair produz alterações na pressão atmosférica, essas pressões em forma de ondas são geradas por moléculas de ar que vibram; são as ondas sonoras.
No cérebro do homem moderno existem dois locais especializados ao longo da evolução; que são responsáveis em analisar a musicalidade – o lobo temporal direito é complementado pela especialização de analisar sons da fala no lobo temporal esquerdo. À direita música, à esquerda, sons da fala.
No mundo atual convivemos com uma infinidade de sons cada vez mais altos, cada vez o nosso ambiente é mais barulhento. A intensidade com que o som é percebido ou a altura percebida é a amplitude do som e é medida em decibéis (dB). Sons superiores a 70 decibéis são considerados altos, os inferiores a 20 são baixos. Para você imaginar os sons da nossa fala normal situam-se entre os 40 decibéis. As bandas de rock especialmente as de heavy metal tocam a níveis superiores a 120 decibéis, às vezes até 135. Pesquisadores descobriram que os roqueiros têm uma perda da sensibilidade ao som, Em um concerto é frequente aumentarem 40 vezes mais o volume , o que gradativamente acaba provocando uma insensibilidade sonora progressiva. Após um concerto de 90 minutos essa perda fica pior, e com o passar dos anos agrava-se as perdas. Além disso, o uso de fones de ouvidos tão frequentemente usados pela juventude e outros sons diversos, som ambiente alto, poluição sonora em todos os locais, trânsito, doméstico, trabalho e outros mais levam cada vez mais à perda da acuidade auditiva especialmente dos jovens que chegarão à idade madura, imaginem, com um grau de surdez significativo.
Você sente falta daquele silêncio verdadeiro? Que às vezes até incomoda com um perturbador zunido?
Se já teve oportunidade de viver no campo, ou passar um período longe da vida urbana, ou mesmo em meditação, conhece esse silêncio. Conseguimos perceber os sons da natureza, o próprio batimento cardíaco, sons ocultos pelo ruído de fundo. Muito bem, aprenda a silenciar para descobrir esse maravilhoso canal de comunicação, esse sentido tão apurado há milênios pela natureza.
Segundo Irmão Jacob, no livro VOLTEI, há uma grande dificuldade de intercâmbio do mundo espiritual com o nosso devido às múltiplas ondas que nos cercam. A mente humana atrai ondas de força, que variam de acordo com as emissões que lhes caracterizam as atividades. Segundo ele, o ruído no âmbito da espiritualidade, é tão prejudicial quanto o barulho intempestivo na via pública. Há um espesso véu de vibrações que separa o mundo espiritual da esfera física.
No silêncio e na interiorização do nosso ser encontraremos a musicalidade celestial adormecida à espera apenas do essencial para nossas vidas.
Fontes: Neurociência do comportamento – Kolb & Whishaw.
Missionários da Luz – André Luiz- F. C. Xavier
Voltei- Irmão Jacob- F. C. Xavier
Peço o E-mail da Dra. Kátia Marabuco, atual presidente da AME-PI, para possível contato.
Sou Kardecista de São Luís-MA
katiamarabuco@gmail.com