Finda o ano de 2015 e seus últimos dias que passam velozmente.
Momento de reflexão que no recolhimento destes dias olha-se para trás e deixa-se o filme passar lentamente, mostrando a trajetória dos meses, dias, horas, minutos e seus momentos.
Grandes momentos, emoções e acontecimentos que marcaram indelevelmente nossos dias, e que agora vão ser arquivados em algum lugar da memória.
Lembranças gratas das almas queridas que se foram neste ano. Trazem tristezas mas também alegrias de tê-las conhecido, compartilhado a sinfonia da vida.
Pessoas que atravessaram nosso caminho, sorriram e passaram.
Fatos históricos, que não voltarão jamais. Olhamos para trás e surpreendemos-nos. Fizemos parte do contingente que presenciou mudanças políticas, climáticas e sociais. Fatos que marcaram um ano, que parece ter passado tão rapidamente que não deu tempo de ser sentido. A urgência desta época é ser fugidia e diáfana. Tão fugaz, que os acontecimentos de três meses atrás já não são importantes. Novos escândalos no cenário nacional invadem a vida diária e fazem-nos acordar a cada dia com sede de novidades e ávidos por fortes emoções, tornando-se até um vício pernicioso para a saúde mental.
O burburinho e o lufa-lufa da vida das cidades não nos permite tempo para apreciar pequenas coisas, por exemplo, ouvir a bela melodia de “ Em algum lugar do passado”( Somewhere in time) e embalar-se nos acordes musicais. O bater de asas dos passarinhos e o vôo rasante das garças do rio Poty logo que o sol desponta em nossa cidade. Coisas de saudosismos? Não, elas são alimentos da alma, que fortalecem e acalmam o ritmo voraz dos afazeres cotidianos.
O ano finda-se, e o que realmente importa?
As doces lembranças, as memórias das pessoas amadas, seus alegres sorissos, o abraço terno e carinhoso, o calor humano de estar cercado de amigos, enfim tudo que é da alma e nada que é do corpo, já que este é fugaz e evola-se com o tempo, gasta-se e destrói-se como um castelo de areia.
Tudo que é da alma, as emoções vívidas e gravadas com o selo da eternidade nas profundezas do nosso ser que se transferem de uma existência a outra, como uma corrente que acrescenta ininterruptamente memórias em nossa caminhada eterna.
Tudo que é da alma, que as traças não roem e os ladrões não roubam( Mt. 6.19 ), e que no silencio, na solidão, ou mesmo em qualquer pausa, se alça voo e se resgata o tesouro perdido ou escondido.
O ano findou-se com certeza, e quantos tesouros d’alma você amealhou?
Poucos? Que pena!
Não importa. São seus pertences da alma, seu tesouro precioso. Valorize!
Muitos? Que bom! Feliz de quem enxerga o que importa, pois os tesouros d’alma multiplicam-se.
Nada? Será? Olhe bem. Deve existir em algum recanto escondido um tesourinho oculto, pronto para se mostrar. Não achou nada? Que pena! Anime-se 2016 vem aí, novinho em folha, ávido de descobertas, empreendimentos, aventuras e emoções. Porém, cuide que sejam da alma para que durem, e sejam viajantes do tempo. Afinal quantas civilizações e impérios grandiosos já passaram sobre a face da terra e de muitos deles não sobrou pedra sobre pedra.
O que realmente importa? Sua bela história pessoal. Rica de fatos que somente a você fazem sentido e tem valor. Deixe esse universo pessoal crescer em sabedoria e amor. As duas grandes alavancas que movimentam o mundo verdadeiro, que é o espiritual. Lembre-se o mundo material é fugaz e ilusório, por mais tentador que seja.
Feliz 2016, um ano para transformar sua história pessoal.
Saudações. Saúde. Cheers, tin- tin.