Quem não teve ainda um sentimento de profunda gratidão? Uma emoção que engasga e trazem mornas e suaves lágrimas, uma alegria e reconhecimento diante de uma ajuda ou quando se recebe um presente. Um desejo íntimo de devedor eterno, depois um gesto, uma atitude, de benevolência, de alguém que lhe estende a mão após um sufoco, um perigo de vida, um socorro no momento certo, uma luz no fim do túnel ou mesmo um favor quando tudo parecia perdido?
Os textos religiosos e filosóficos enaltecem esse nobre sentimento: “Agradeçamos a Deus os dons de amor, sabedoria e misericórdia. Saibamos manifestar ao Pai o nosso reconhecimento. Quem não sabe agradecer, não sabe receber e, muito menos, pedir. (Aniceto, página 83- Os Mensageiros, A. Luiz).
Hoje a Neurociência e a Psicologia a serviço da felicidade do ser humano vêm demonstrando através da pesquisa que não existe felicidade sem gratidão.
Segundo Todd Kasdan ( George Mason University) estudioso da ciência da felicidade, “se tivéssemos que nomear três elementos essenciais para criar felicidade e dar sentido à vida , estes seriam relacionamentos significativos, gratidão e viver no momento presente com atitude de abertura e curiosidade”.
Segundo os pesquisadores: Emmmons e, DeSteno, “As pessoas que manifestam gratidão exibem níveis elevados mais altos de emoções positivas, satisfação com ávida, vitalidade e otimismo. Dormem mais, fazem mais exercícios e sua pressão arterial e seus níveis de depressão e estresse são mais baixos. Demonstram ser simpáticas e conseguem ver as coisas pelos olhos dos olhos. Não negam ou ignoram os aspectos da vida, mas ampliam os estados associados a sentimentos agradáveis” (Currents Directions in Phychological Science).
A gratidão ativa o sistema de recompensa do cérebro, responsável pela sensação de bem- estar e prazer. Essa sensação de prazer tem um endereço no nosso cérebro, localiza-se no núcleo accumbens, quando o cérebro identifica que algo deu certo, que fomos bem sucedidos, há uma liberação de dopamina, neurotransmissor cujo mecanismo de ação inclui ação nos receptores dopaminérgicos, para este núcleo, a dopamina ativa essa regiãoo aumentando a sensação de prazer. Segundo a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, o sistema de recompensa do cérebro é a base neurológica da satisfação e da auto-estima. A gratidão também estimula as vias cerebrais do afeto que relacionadas ao hormônio ocitocina, tranqüiliza, reduz a ansiedade, o medo e a fobia.
Seja Grato. Não é à toa que a palavra Obrigada faz parte das palavras mágicas, que abrem portas e transformam as pessoas.
Fonte: Os Mensageiros- André Luiz, Francisco Cândido Xavier
Mente e Cérebro ano XVI, número 188.
Planeta Ano 38, Edição 450, Março/2010
Bennet,W.J- O Livro das Virtudes I