Igual a tantas outras pessoas, hoje a saudade, afogou minha’lma.
Saudade das minhas viagens.
Saudade da família distante.
Saudade do cheiro do mar, das águas morninhas das nossas praias nordestinas.
Saudade dos abraços.
Saudade de passear despreocupadamente,
E cumprimentar efusivamente as pessoas.
Cumprimentar o vento, cuja brisa leve brinca suavemente com meus cabelos e traz o perfume das matas do meu país.
Saudade de ouvir o trinado dos passarinhos, saudando a vida com alegria infantil.
Recorro às minhas lembranças, que são como doces alentos a me confortar.
Recorro às minhas músicas prediletas que fazem a minha alma viajar por tantos sítios queridos visitados e os que ainda visitarei.
Saudade dos sabores da minha terra e os aromas das terras distantes, e de tudo que já apreciei, que com desvelo e carinho guardo em minha rica memória.
Saudade das boas coisas e das coisas boas.
Gratidão pelas tristes que me fizeram crescer.
Saudade, doce palavra, que a poesia reverencia,
E, que só existe na nossa língua amada.
Saudade, palavra que corre fácil pelo lápis no papel,
Cantando as dores e alegrias da alma.
Saudade!

Teresina, 03/07/2020.
Confinamento, três meses.

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